terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Estranho gostar tanto do seu all star azul.

Depois de quase três anos na mesma vidinha (teoricamente, já que em meio à tudo isso, ocorreram os famosos imprevistos e o normal amadurecimento por qual todas as pessoas passam em certas partes da vida), eu finalmente parei pra pensar em tudo o que já passei, tudo o que já fiz, senti, pensei. Sinceramente? Eu era muito estúpida aos 11 anos! Maaaaaaaaaas, todo mundo é estúpido aos 11 anos. Mesmo quando te dizem "você é muito maduro (a) pra ter 11 anos", você ainda é estúpido. No fundo as pessoas estavam dizendo "você não é tão estúpido quanto eu era aos 11 anos", e pronto!
E aí, no meio dessa minha reflexão do quão estúpida eu era, eu parei pra pensar: certas coisas NÃO mudaram desde aquela época. Algumas coisas físicas (eu não cresci, sim, não cresço faz três anos, BEIJO!), algumas não. Eu ainda tenho as mesmas opiniões sobre muitas coisas. Uma delas, aquela antiga história de paixonite de "segunda infância" (tenho quase certeza que pulei dos sete pros dezoito anos, já que eu fui de viciada em Sítio do Pica-Pau Amarelo para aspirante a Psicóloga em um ano, acredite, eu fui a pessoa menos estúpida aos 11 anos. Ou não.), e ela é a mesma. Desde quando eu entendi o que era essa coisa que eu sempre senti nojo. Eu sempre fui madura o bastante pra dizer: vou ser sempre solteira, não terei filhos, e terei algum bicho de estimação pra não ser tão sozinha. Vou ter uma carreira de sucesso, e ter uma vida de classe média normal.
Acredite, isso sempre foi meu sonho infantil. Não era ser veterinária e curar unicórnios, não era ser modelo ou bailarina. Era ser psicóloga/astronauta/cientista. (E eu quero ser química, mesmo gostando de música, mas sendo boa em escrever, é).
E então, com 11 anos eu descobri uma parte de mim que eu NÃO conhecia. Uma parte de mim que conseguia ser dois extremos que eu sempre, odiei. Com 11 anos eu tive que lidar com coisas que eu não conhecia, sem ao menos alguém pra me explicar que raio era aquele frio na barriga ao ler um simples "oi". Por que era que eu sonhava com olhos verdes, sem nunca ter visto alguém com olhos verdes na vida. Porque eu sempre que tentava me concentrar, me lembrava de algo que eu nunca tinha visto. E hoje, quase três anos depois, tudo isso ainda continua em mim. Essa dúvida do porque eu acordo chorando no meio da noite por ter um sonho besta de estar aqui, quando queria estar em outro lugar. Em outra cidade, pra ser exata. Ou porque eu desejo TANTO ter nascido no mínimo uns dois anos antes. Mesmo sabendo que se eu tivesse nascido os tão queridos cinco anos antes, eu NÃO teria descoberto isso. E mesmo que tivesse descoberto, não teria encontrado o porque de eu desejar tanto ter 18, e não 13 anos.
E enfim, deixando as dúvidas de lado, cheguei à certas conclusões: Por mais que as pessoas amadureçam, mudem, cansem, desistam, ou sei lá mais o que, as pessoas nunca conseguem mudar seus verdadeiros desejos. Nunca conseguem mudar seus verdadeiros sentimentos. Se você ama hoje, ama amanhã. Se odiou ontem, vai odiar amanhã. (Isso descarta aquilo de "os dois se odiavam na escola, e agora se amam", é passageiro. É impossível deixar de odiar assim. Aceitem esse fato, merda.) E bom, o que eu vejo como mais importante, as pessoas não devem se limitar à essa crença estúpida de "você é novo demais pra isso" ou "ele é velho demais para aquilo". Cada pessoa tem seu próprio tempo. Eu tive o meu, e me apaixonei aos 11 anos. Minha mãe tem o dela, tem quase 40 anos e nunca casou. Fulano teve o dele, e sei lá, morreu com 20 anos!
Não importa a sua idade, nada tem um tempo certo de acontecer. tem uma média de tempo, mas isso é apenas uma média. Não é porque o João entrou na faculdade com 18 anos que ele vai ser melhor aluno e/ou profissional que a Maria que entrou com 30.
Óbvio, que essa é uma opinião só um pouco egoísta, já que sou eu quem com 11 anos se apaixonou por alguém 5 anos mais velho. É minha culpa? Talvez. Mas em todo caso, isso mostra que as pessoas tem seu próprio tempo. Que as pessoas não devem pensar tanto em calendários e relógios.
É, eu usei muitas linhas pra dizer que não creio muito em certas coisas, mas afinal, quem se importa se eu fiz tudo isso, simplesmente pra deixar claro que eu amo alguém? É, deixem-me ser uma adolescente normal, e ter um amor platônico, ok!

Estranho mas já me sinto como um velho amigo seu, seu all star azul combina com o meu preto de cano alto, se o homem já pisou na lua, como eu ainda não tenho seu endereço, o tom que eu canto as minhas músicas para a tua voz parece exato.

Nenhum comentário: